sexta-feira, 7 de setembro de 2018


“Nós contra eles”

Tenho lido mensagens nas redes sociais a defesa do espírito de seita na expressão “nós contra eles”, tanto de bolsonaristas como de lulistas.

Segundo o último Datafolha, Lula teria 39% dos votos e Bolsonaro 19%. Portanto, a maior fatia do eleitorado, 42%, não é nenhum nem outro.

Melhor do que o “nós contra eles” seria o “eu, tu, ele, nós, vós, eles” , respeitando diferenças e buscando o diálogo para construir consensos.

As fotos acima mostram dois momentos da Alemanha:

1) Na década de 1930, a extrema-direita, representada pelo Partido Nacional-Socialista (Nazis), do Führe Adolf Hitler, possuía uma organização paramilitar chamada Sturmabteilung (SA);

2) A extrema-esquerda, representada pelo Partido Comunista, liderado por Ernst Thälmann, possuía uma organização paramilitar chamada Roter Frontkämpferbund;

A radicalização política entre aqueles dois grupos, com batalhas de rua, pôs fim à experiência democrática de República de Weimar, levou à II Guerra e à destruição da Alemanha. Veja vídeo de Berlim em 1945

3) O diálogo entre os liberal-democratas da União Democrata Cristã, de centro-direita, de Konrad Adenauer, e os social-democratas do Partido Socialdemocrata Alemão, de centro-esquerda, de Willy Brandt, foi fundamental para reconstruir o país no pós-guerra, erguer um regime democrático pluralista, realizar o “milagre econômico alemão” e trazer bem-estar social e prosperidade para todos.

A história nos ensina.

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