segunda-feira, 12 de novembro de 2018


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Escola laica e democrática

Sobre a tal “doutrinação marxista” que grupos de direita dizem existir no Brasil, lembrei-me do tempo em que estudei na Universidade Carlos, na então Tchecoslováquia, de 1989 a 1992.

Aulas de marxismo-leninismo

O Estado comunista não era laico, pois possuía uma doutrina oficial de Estado, o marxismo-leninismo, disciplina obrigatória nas universidades.

Deixei o país sem conhecer um estudante tcheco ou eslovaco que defendesse o regime. A realidade se impôs aos dogmas. A insatisfação dos tchecoslovacos com a falta de liberdade e com a estagnação econômica do país era generalizada.

O regime caiu em novembro de 1989, a democracia foi restabelecida, o país dividiu-se pacificamente em dois, República Tcheca e Eslováquia.

Ambos entraram na União Europeia, integrando-se à paisagem política predominante na Europa, com um forte partido democrático-liberal se alternando no poder com um forte partido socialdemocrata.

A “doutrinação marxista” no Brasil

Se a tal “doutrinação marxista” nas universidades brasileiras fizesse efeito, o vencedor da última eleição teria sido o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, que obteve 0,58%.

Como se sabe, vários diretores da ANDES são vinculados ao PSOL e ao PSTU, de extrema-esquerda.

Acho que a escola deve ser democrática, laica, crítica e pluralista, na qual os professores possam expressar suas convicções políticas e até partidárias.

Pluralismo

Como também devem propiciar aos seus alunos o conhecimento da pluralidade das correntes de opinião existentes na sociedade e deixar ao livre arbítrio dos estudantes suas escolhas partidárias.

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