“Nós contra eles”
Tenho
lido mensagens nas redes sociais a defesa do espírito de seita na expressão
“nós contra eles”, tanto de bolsonaristas como de lulistas.
Segundo o
último Datafolha, Lula teria 39% dos votos e Bolsonaro 19%. Portanto, a maior
fatia do eleitorado, 42%, não é nenhum nem outro.
Melhor do
que o “nós contra eles” seria o “eu, tu, ele, nós, vós, eles” , respeitando
diferenças e buscando o diálogo para construir consensos.
As fotos
acima mostram dois momentos da Alemanha:
1) Na
década de 1930, a extrema-direita, representada pelo Partido
Nacional-Socialista (Nazis), do Führe Adolf Hitler, possuía uma organização
paramilitar chamada Sturmabteilung (SA);
2) A
extrema-esquerda, representada pelo Partido Comunista, liderado por Ernst
Thälmann, possuía uma organização paramilitar chamada Roter Frontkämpferbund;
A
radicalização política entre aqueles dois grupos, com batalhas de rua, pôs fim
à experiência democrática de República de Weimar, levou à II Guerra e à
destruição da Alemanha. Veja vídeo de Berlim em 1945
3) O
diálogo entre os liberal-democratas da União Democrata Cristã, de centro-direita,
de Konrad Adenauer, e os social-democratas do Partido Socialdemocrata Alemão,
de centro-esquerda, de Willy Brandt, foi fundamental para reconstruir o país no
pós-guerra, erguer um regime democrático pluralista, realizar o “milagre
econômico alemão” e trazer bem-estar social e prosperidade para todos.
A
história nos ensina.
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