Sérgio
Dieb e
a propina das empresas de
ônibus
Em
1985, Garibaldi Alves era prefeito de Natal e a venda do ticket de estudante
era feita no bairro da Ribeira, na sede dos sindicato das empresas de ônibus.
O estudante pagava adiantado no começo do mês a passagem que usaria ao longo de 30 dias.
Era tempo de hiperinflação. Você podia aplicar o dinheiro por um dia no overnight e sacar um bom rendimento no dia seguinte.
Garibaldi Alves enviou à Câmara um projeto que estabelecia que a venda do ticket de estudante passaria a ser feita pela Prefeitura.
O dinheiro seria repassado ao final do mês para as empresas. Nesse ínterim, a Prefeitura aplicaria o dinheiro e o rendimento seria investido na melhoria do sistema, como modernização dos pontos de ônibus.
O projeto foi derrubado na Câmara. De um total de 11, somente três vereadores votaram favoravelmente à proposta do prefeito: os dois do PCB, Sérgio Dieb e Wober Júnior, e um do PMDB, Abel Brasil, um cara de origem humilde do bairro das Rocas.
Eu estava no gabinete de Sérgio Dieb quando Abel Brasil apareceu e contou que um lobbista prometera muita doação de campanha caso votasse contra o projeto do prefeito.
– Pois aqui eles nem apareceram, respondeu Sérgio Dieb.
Sérgio Dieb, de 1980 a 1988, tinha como única atividade cumprir o mandato parlamentar que lhe fora conferido pelo voto dos cidadãos de Natal.
Arquiteto e ator, recusou um convite da diretora Tizuka Yamazaki para estrelar um filme no papel de Santos Dumont, pois não poderia largar então a função de presidente da Câmara.
Além disso, ele me segredou que tinha medo de avião.
Sérgio Dieb, um socialista convictamente democrata, dependia exclusivamente do salário de vereador para sobreviver e desenvolver suas atividades em defesa dos natalenses. Por isso, merecia ser bem pago.
Já os que defendem interesses escusos em qualquer lugar do Brasil podiam até dispensar o salário de vereador, pois o grosso que recebiam era por baixo do pano.
O estudante pagava adiantado no começo do mês a passagem que usaria ao longo de 30 dias.
Era tempo de hiperinflação. Você podia aplicar o dinheiro por um dia no overnight e sacar um bom rendimento no dia seguinte.
Garibaldi Alves enviou à Câmara um projeto que estabelecia que a venda do ticket de estudante passaria a ser feita pela Prefeitura.
O dinheiro seria repassado ao final do mês para as empresas. Nesse ínterim, a Prefeitura aplicaria o dinheiro e o rendimento seria investido na melhoria do sistema, como modernização dos pontos de ônibus.
O projeto foi derrubado na Câmara. De um total de 11, somente três vereadores votaram favoravelmente à proposta do prefeito: os dois do PCB, Sérgio Dieb e Wober Júnior, e um do PMDB, Abel Brasil, um cara de origem humilde do bairro das Rocas.
Eu estava no gabinete de Sérgio Dieb quando Abel Brasil apareceu e contou que um lobbista prometera muita doação de campanha caso votasse contra o projeto do prefeito.
– Pois aqui eles nem apareceram, respondeu Sérgio Dieb.
Sérgio Dieb, de 1980 a 1988, tinha como única atividade cumprir o mandato parlamentar que lhe fora conferido pelo voto dos cidadãos de Natal.
Arquiteto e ator, recusou um convite da diretora Tizuka Yamazaki para estrelar um filme no papel de Santos Dumont, pois não poderia largar então a função de presidente da Câmara.
Além disso, ele me segredou que tinha medo de avião.
Sérgio Dieb, um socialista convictamente democrata, dependia exclusivamente do salário de vereador para sobreviver e desenvolver suas atividades em defesa dos natalenses. Por isso, merecia ser bem pago.
Já os que defendem interesses escusos em qualquer lugar do Brasil podiam até dispensar o salário de vereador, pois o grosso que recebiam era por baixo do pano.
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